terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A dona


Ela é morena, ruiva, talvez loura
Inteligente fascinante e desesperada
Ouve musica escreve poema
Ela é revoltada
Simplesmente não aceita a desigualdade e hipocrisia
Ela mente e fala mal dos outros
Sente carinho e amor
Desprezo e dor
Acorda e dorme cedo
Vive no mundo que ela escolheu
Ninguém pode gritar
Ela se assusta e chora
Tem um passado sombrio e doloroso
Faz do presente a chance de ser feliz
Talvez um dia ela consiga
Tenta ajudar
As letras são sua terapia
Vive entre o ódio e o amor
Entre a loucura e a talvez sanidade
Gosta do seu jeito sincero
Ferra-se muito, mais não muda
Talvez nem queira mudar
Não saberia distinguir se o que ela sente seja bom ou mal
Ela só vai levando
Levando ate onde ela agüenta!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Amargura de Paulo Coelho

Para os amargos, os heróis e os loucos sempre foram fascinantes: eles não têm medo de viver ou morrer. Tanto os heróis como os loucos são indiferentes diante do perigo, e seguem adiante.

O louco se suicida, o herói se oferece ao martírio em nome de uma causa – mas ambos morrem, e os amargos passam muitas noites e dias comentando o absurdo e a glória dos dois tipos.

É o único momento em que o amargo tem força para galgar sua muralha de defesa e olhar um pouquinho para fora; mas logo as mãos e os pés cansam, e ele volta para a vida diária.

O amargo crônico só nota a sua doença uma vez por semana: nas tardes de domingo. Ali, como não tem o trabalho ou a rotina para aliviar os sintomas, percebe que alguma coisa está muito errada – já que a paz destas tardes é infernal, o tempo não passa nunca, e uma constante irritação manifesta-se livremente.

Mas a segunda-feira chega, e o amargo logo esquece os seus sintomas – embora externamente blasfemando contra o fato de que nunca tem tempo para descansar, e os fins de semana passam muito rápido.

A única grande vantagem da doença, do ponto de vista social, é que já se transformara numa regra. Os amargos não constituem uma ameaça à sociedade, já que – por causa das altas muralhas construídas ao redor de si mesmos – estão totalmente isolados do mundo, embora pareçam partilhar dele.
O silencio dos inocentes me atrai
Ele me distrai
O barulho da multidão me fere
Como espada sem corte
Os ruídos do inferno eu escuto daqui
Deve ser por isso que não tenho paz!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Andreia minha mãe

A ela eu dedico minha vida
Pois, se não fosse sua paciência e força
Já não estaria aqui
Por isso digo milhões de vezes Eu Te Amo
Ela me deu a vida somente uma vez!
Mais me devolveu a vida inúmeras vezes
Ela me salvou de tudo e de todos
Dos sentimentos sombrios e desesperadores
Ela é meu anjo da guarda
Meu raio de sol
Meu bem mais precioso
Eu sei que com ela eu sempre vou poder contar
A mulher mais especial que já conheci
A mais forte e frágil
A mais engraçada e delicada
Para os outros ela é simplesmente uma mulher
Mais pra mim ela é a melhor Mãe do mundo!
Eu vou te amar até eternidade.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Virginia Woolf escreveu:


"Considerando como a doença é comum, como é tremenda a mudança espiritual que traz, como é espantoso quando as luzes da saúde se apagam, as regiões por descobrir que se revelam, que extensões desoladas e desertos da alma uma ligeira gripe nos faz ver, que precipícios e relvados pontilhados de flores brilhantes uma pequena subida de temperatura expõe, que antigos e rijos carvalhos são desenraizados em nós pela ação da doença, como nos afundamos no poço da morte e sentimos as águas da aniquilação fecharem-se acima da cabeça e acordamos julgando estar na presença de anjos e harpas quando tiramos um dente, vimos à superfície na cadeira do dentista e confundimos o seu "bocheche... bocheche", com saudação da divindade debruçada no chão do céu para nos dar as boas-vindas - quando pensamos nisto, como tantas vezes somos forçados a pensar, torna-se realmente estranho que a doença não tenha arranjado um lugar, juntamente com o amor, as batalhas e o ciúme, por entre os principais temas da literatura".
Este é um trecho de seu livro "Acerca de estar doente".

Como ajudar um bipolar

A escritora Lana R. Castle, autora de "Duas Faces de uma Vida", lançado em novembro no Brasil, conta sua história pessoal. No livro, ela afirma que quem convive com um paciente de transtorno bipolar também sofre. Pode se sentir irritado e frustrado. Mas palavras agressivas só pioram a situação. É possível demonstrar interesse e dar apoio com cuidado, como mostram os trechos do livro a seguir
SUZANE FRUTUOSO


"Lembre-se que os sintomas da pessoa relacionam-se a uma doença, e que essa doença não define a pessoa como um todo. Ajudar alguém a enfrentar uma crise envolve compaixão, paciência e sensibilidade genuínas."
"Ofereça à pessoa toral atenção, mantenha contato visual, e evite inquietar ou conter a pessoa, desde que ela não esteja sendo destrutiva. Ouça sem interromper ou tentar conduzir a conversa. Ao ouvir, resuma os comentários da pessoa, para confirmar se os entendeu bem. Resista ao impulso de fazer comentários simplesmente para ocupar o silêncio. O simples fato de estar no mesmo cômodo pode demonstrar o seu apoio, independentemente da pessoa desejar falar ou não.
Segure a mão ou toque gentilmente o braço da pessoa, se ela estiver aberta ao contato físico; Ofereça um ombro para ela chorar (e tenha um monte de lenços de papel à mão); Abrace-a, se o relacionamento de vocês permitir o contato físico."


Palavras que ajudam

Estou preocupado porque ultimamente você tem estado diferente;
Existe alguma coisa perturbando você?;
Estou aqui para ouvir, se você quiser falar;
Isso deve ser muito difícil para você;
Lamento que você esteja sofrendo;
Por favor, não desista. Você significa muito para mim;
O que o ajudaria mais nesse momento?;
Nós podemos resolver isso juntos;
Você não está sozinho nessa;
Eu amo você e não vou deixá-lo;
Estamos aqui nesse mundo para ajudar um ao outro.


Palavras que machucam

Você acha que você tem problemas?!;
Quem disse que a vida é justa?;
Pare de choramingar e sentir pena de si mesmo;
Você não tem motivos para se sentir deprimido. Deveria estar feliz por não ter um problema real;
Já é hora de mudar de atitude;
Você é preguiçoso e irresponsável. Está na hora de crescer;
O que há com você? Precisa ter mais juízo;
Você nunca pensa nos outros. Está deixando todo mundo constrangido;
Você está embriagado? Ou está tomando drogas?
Controle-se, seu maluco!

A vida aqui parece que vai durar para sempre
Eu ouço todos os tipos de melodia
Os pássaros cantam
O mar jamais passa despercebido
Eu simplesmente fico na janela a admirar
Esperando o sol nascer para contemplar
Aqui eu sinto o mais sublime amor
Nada e ninguém desejam algo em troca
Aqui existe apenas uma regra
Ser feliz e nada mais
A vida do artista
Divide-se em inúmeros personagens
Por isso que sua vida não é monótona
Apenas triste
Pois às vezes ele fica tão confuso
Diante de seus vários EUS
Ele se perde no mundo fictício
E não consegue achar seus desejos verdadeiros

Desabafo, outra vez...

O sistema que vivo é falho
A cada dia mais compreendo os solitários
Pessoas são números
E isso eu não aceito
Não creio na mudança, pois meus lideres são hipócritas
São como marionetes nas mãos de carrascos
Pessoas fracas me rodeiam
Digo fracas, pois não lutam pelos seus ideais
São todas manipuladas pelo sistema podre e desonesto
Odeio mesmo, tenho nojo do mundo na qual sou obrigada a viver!
Um dia eu sei, vou me libertar!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Desabafo!

Cada dia que passa descubro a essência do ser humano ou pelo menos os que convivem comigo.
Graças a Deus com essas pessoas medíocres e desprovidas de humildade, percebi que o problema não esta em mim, mais sim, nesses elementos maldosos que fazem de tudo para tirar vantagens de coisas e pessoas.
Diariamente pessoas desse tipo passam por cima e destrói vidas de pessoas de bem e ingênuas, não pensam se quer na necessidade do próximo e muito menos na dor alheia.
Ai pergunto, quem é o errado a pessoa que consegue se adaptar a essas sujeiras da sociedade, ou aquela que se fecha no seu próprio mundo depressivo e triste pois não suporta tanta desigualdade, injustiças e maldade no mundo?
E o que é pior, é que as pessoas sensíveis e justas que não estão preparadas para o mundo são taxadas como LOUCAS!
Sempre digo o que penso, mais não sou perfeita e as vezes erro, mais a verdade nua e crua dói, e por isso sempre sigo sozinha, sempre perco quem um dia amei, perco amizades, e perco o principal o interesse de viver, pois não me convém viver em um mundo tão escura, que mais parece um buraco negro, tudo se manipula, se destrói, sentimentos não tem mais importância e pessoas são apenas marionetes desse sistema SUJO.
Resumindo, não é que eu desejo morrer todos os dias, eu simplesmente quero distancio do que me faz mal, ai então me fecho no meu infinito particular, La eu sou feliz e os sentimentos são puros!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Talvez seja Deus

O caos, a musica e a escrita
É parte de mim
Também tem as horas de reflexão
Penso por horas, como evolui como ser humano
Sem duvida vivo melhor com meus ideais de hoje
Minha risada é sincera
E meu abraço carinhoso
Não preciso de coisas
Apenas necessito de sentimentos e almas puras
Não me convém a falsidade do elogio
Nem o pesar sem fundamento
Apenas vivo o hoje, sem pensar no amanha
Vivo apenas para amar e ser amada
Deixei os sentimentos sujos e cheios de luxuria para trás
Só restaram fragmentos inofensivos
A minha estadia aqui esta cada vez melhor
Creio que melhore ainda mais
E eu acredito!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

apenas Escrevo


Entrego-me ao maximo
Simplesmente extravaso
E assim escrevo
E de alguma forma eu alivio a minha dor
Mais perto da cura estou
Em busca de paz permanente
Sigo olhando para frente
Nos delírios da loucura
Vou compondo minha triste historia

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Minha mente não fica quieta jamais
Eu não acredito em estabilidade
Nem conheço o que é felicidade
Dentro de mim existe um caos
Dor e abismo fazem parte da minha realidade
Tentando enfrentar meus próprios demônios
Fico andando sem rumo pelos vales mais sombrios
Essa minha ânsia de descobrir os mistérios da minha mente
Ainda vai me levar de repente!

sábado, 6 de novembro de 2010

Vôos da mente


Há um tipo de dor, exultação, solidão e pavor envolvidos nessa classe de loucura. Quando se esta para cima é fantástico. As idéias e sentimentos são velozes e freqüentes como estrelas cadentes, e brilhantes. A timidez some; nas palavras e os gestos certos de repente aparecem; o poder de cativar os outros, uma certeza palpável. Descobrem- se interesses em pessoas desinteressantes. A sensualidade é difusa; e o desejo de seduzir e ser seduzida, irresistível. Impressões de desenvoltura, energia, poder, bem estar, onipotência financeira e euforia estão impregnadas na nossa medula. As idéias velozes são velozes demais; e surgem em quantidades excessivas. Uma confusão arrasadora toma o lugar da clareza. A memória desaparece. O humor e enlevo no rosto dos amigos são substituídos pelo medo e preocupação. Tudo que antes corria bem agora só contraria- você fica irritadiça, zangada, assustada, incontrolável e totalmente emaranhada na caverna mais sinistra da mente. Você nunca soube que essas cavernas existiam. E isso nunca termina, pois a loucura esculpe sua própria realidade.
A historia continua sem parar, e finalmente só restam às lembranças que os outros têm dos seus comportamentos absurdos, frenéticos, desnorteados- pois a mania tem pelo menos o lado positivo de obliterar parcialmente a\s recordações. E então, depois dos medicamentos, do psiquiatra, do desespero, depressão e overdose? Todos aqueles sentimentos incríveis para desembaralhar. Quem esta sendo educado demais para dizer o quê? Quem sabe o que? O que foi que eu fiz? Por quê? E o que mais atormenta, quando vai acontecer de novo? Temos também os lembretes amargos- remédios para tomar, para se ressentir, esquecer, mas sempre tomar. Cartões de credito cancelados, cheques sem fundo a serem cobertas, explicações devidas no trabalho, desculpas a serem pedidas, lembranças intermitentes (o que eu fiz?), amizades cortadas ou esvaziadas, um casamento terminado. E sempre, quando isso vai acontecer de novo? Quais dos meus sentimentos são reais? Qual dos meus eus sou eu? O selvagem, impulsivo, caótico, vigoroso e amalucado? Ou o tímido, retraído, desesperado, suicida, cansado e fadado ao insucesso? Provavelmente um pouco de cada lado. De preferência, que grande parte pertença a nenhum dos dois lados. Virginia Woolf, nos seus vôos mergulhos resumiu bem essa historia: “ ate que ponto nossos sentimentos extraem sua cor do mergulho no mundo subterrâneo? Quer dizer, qual é a realidade de qualquer sentimento?”




Extraído do Livro Uma mente inquieta de Kay Redfield Jamison
Pg 79, 80

Link para baixar o livro

Redi

Eu já não vivo
Mais sem você seria impossível ficar aqui
Você me traz um pouco de luz quando isso parece impossível
Consegue sentir minhas dores e angustias
Sabe exatamente como me alegrar

Eu já não vivo
Mais sem você seria impossível ficar aqui
E acordar e ter que recomeçar isso me entristece
Mais La esta você pronto pra levantar meu astral
E fazer do meu dia suportável

Sem você ao meu lado eu já teria desistido e ido embora...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Uma alma fraca se perde
Ninguém consegue curá-la
Perde-se na imensidão dos sentimentos sombrios
No caos do dia chuvoso
Ou no calor insuportável do deserto
Uma alma fraca nem se percebe
Nem se mede
Ela só se afunda no abismo das emoções
Ninguém se aproxima de quem tem a alma frágil e debilitada
Uma alma fraca simplesmente se perde...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010


Ensina-me a distinguir realidade de fantasia
Pra mim estão tão próximos um do outro
Mente perturbada pensa assim
Mente perturbada pensa assim
Eu vejo pessoas sangrarem ate a morte
Vejo vinho e flores numa noite romântica
Mente perturbada pensa assim
Eu corro e corro mais nunca chego a lugar nenhum
O meu caminha esta distante do que eu devo chegar
Mais eu sempre pego um atalho
Como é difícil distinguir realidade e fantasia
E eu quero é mais fantasia
E eu quero mais cores do que sangue
Voar e voar, cair e morrer!

E eu posso ser tão leve
Posso ser o terror também
Finjo-me de meiga pra conseguir vantagens
Faço-me de mal para obter sucesso e ser temida
Na verdade sou duas em uma
Sou o que sou e infelizmente não pretendo mudar!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

08/10/2010 Eu nunca sei que titulo colocar nos meus escritos! Aff

Bom como estou sem inspiração resolvi escrever o que fiz essa semana!
Semana tranqüila, alegre e o mais importante estável; o livro q comprei chegou na segunda mais ainda estou desanimadinha pra ler mais o pouco que li estou gostando, e a idéia de ler esse livro ‘Mente Inquieta’ foi do meu amiguinho Mente Hiperativa, que por sinal é super legal comigo sem contar a inteligência do cara!
Deixa eu para de elogiá-lo pq meu marido vai ficar com ciúmes rsrsrs.

E engraçado quando estou bem não consigo escrever nada, isso me chateia, ao menos queria escrever coisas bonitas ou quem sabe até românticas, masss é isso mesmo, estou ouvindo bastante musicas que me inspira p ver se sai alguma coisa...

Bom não tenho mais assunto, prometo q volto logo!

Bjocas adoro vcs d+

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Duvidas

Eu já não sei se eu sou a errada
Ja não consigo me diferenciar das pessoas más
Isso porque cansei de tentar entender o ser humano e suas atitudes
No fundo somos todos iguais
Uma parte de nós é boa a outra é extremamente ruim
Acho que nessa fase da minha vida
Que só me deparei com coisas negativas
O meu lado ruim predomina minhas ações e pensamentos
Mais como poderia ser diferente?
Sendo que as pessoas que eu mais amei, hoje as odeio
Não que esse sentimento seja bom pra mim
Mais o que posso fazer se eu vivo em um mundo de decepções
Onde as pessoas que mais confio sempre me decepcionam
E assim eu vou seguindo trocando sempre de amigos
Sempre magoando e sendo magoada
E no final talvez eu não devo colocar tanta expectativas nas pessoas
E nem elas em mim
Quanto mais eu conheço os seres humanos mais eu me fecho em mim!

Eu penso

Minha cabeça parece que vai explodir
Já não sinto meus braços
Tudo isso é tão vago pra mim
Eu escuto pessoas
Eu vejo pessoas
Mas nesse momento o que eu quero é incerto
Peço que me deixem seguir
Deixe-me ir
É engraçado, pois não são eles que sentem tanta dor
Isso é inevitável
Pensar em prosseguir?
Quantas vezes cogitei em algo pra me fazer feliz
Eu gostaria muito de viver
Mais o meu coração esta preto
Minha mente esta suja
E minha vida é uma causa perdida
Tudo que penso e falo é desnecessário
Queria menos oscilações
Menos tremores
Menos transtornos
Menos tempo de vida.

Letras e afins

Procuro sempre na escrita algo que não encontro em um quadro
Tenho a esperança de sempre encontrar o que sinto na arte
Arte de escrever, pintar e cantar, isso realmente me deixa feliz
Procuro palavras simples, textos curtos mais com conteúdo
Realmente sou uma mulher apaixonada por arte seja ela qual for
Gosto sim de dias ensolarados
Mais dias nublados também me emocionam
Textos ilusórios meus favoritos
Pinturas com cores frias me fascinam
Musicas clássica me fazem voar, em um mundo desconhecido
Agora a escrita me faz ver o que não posso ver e sentir o que talvez nunca sentisse!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Transtorno Bipolar - alguns esclarecimentos. E chega disso!

Decidi, algum tempo atrás, que evitaria escrever sobre o transtorno afetivo bipolar (TAB, a.k.a. psicose maníaco-depressiva), sobre as crises alternadas de depressão e euforia, efeitos colaterais do tratamento, yada yada yada.

Porém, o comentário de um leitor sobre meu post que trata de sobrevivência (sem nenhum cunho sociológico ou pretensões variadas), me fez pensar que seria necessário esclarecer alguns aspectos do tal transtorno. Reproduzo, a seguir, o trecho do comentário de 03.03.2007 que deu origem a este post.

"(...) Gosto da sua coragem de admitir seu transtorno bipolar, embora acredite que mais coragem é viver sem medicação, afinal se todo mundo vivesse chapado nunca teríamos Faulkner, Hemingway(tudo bem que eles bebiam bastante, mas existe uma certa nobreza na embriaguez, na medicação apenas um indivíduo abrindo mão da sua autonomia, mas esse papo fica para uma outra oportunidade) (...)."

[Respiro fundo.]

Vamos lá. O transtorno bipolar é uma doença que, como qualquer outra, precisa ser corretamente diagnosticada e tratada com medicamentos. É uma doença mental? É. O cérebro produz de forma atípica alguns neurotransmissores fundamentais para nossa saúde mental. O motivo? Ainda não se sabe com precisão. É genético? Os estudiosos entendem que sim. Pode incapacitar a pessoa de exercer suas atividades rotineiras? Quem sofre de TAB é retardado? Não.

Mas o pior de tudo é: não há cura para o TAB, apenas controle. Tal qual uma diabete, que precisa ser controlada com injeções de insulina.

Existe ainda um grande preconceito ou uma total ignorância sobre o que é o TAB e seus efeitos e sintomas, que podem ser devastadores. O paciente de TAB, se mal diagnosticado ou submetido a tratamentos incorretos, pode torrar todo o seu patrimônio em incríveis três semanas, trabalhar por 48 horas seguidas sem se cansar, emprestar as cuecas para o pior dos amigos ou, no outro extremo, ficar impossibilitado de trabalhar, parar de comer por dias e dias, não tomar banho por semanas, não falar com absolutamente ninguém, chorar até cansar e, falando um português bem claro, o paciente de TAB pode cometer suicídio.

Dito isso tudo aí em cima, posso dizer que eu sofro de um tipo de transtorno bipolar mais ou menos incomum: sou TAB com ciclagens ultra rápidas (ou seja, meu humor oscila muito mais vezes em um certo intervalo de tempo, se comparado ao humor dos bipolares “clássicos”). Isso quer dizer que o tratamento convencional, à base de lítio, não funcionou comigo. Tentei algumas combinações de medicamentos, fiquei internada dois meses em uma clínica psiquiátrica, fui submetida a várias sessões de ECT (eletroconvulsoterapia - eletrochoques, para ser mais clara), tudo para evitar o tratamento mais indicado para o meu tipo de TAB. Por quê? Apesar de eficaz, possui muitos efeitos colaterais.

O resultado disso tudo é que tenho que fazer hemogramas mensais, dormir pelo menos 9 horas por dia e controlar o apetite, já que engordei uns 20 quilos (ainda bem que eu era magérrima antes de iniciar o tratamento). Sem falar na grana que gasto todo mês com remédios (caríssimos) e sessões de terapia.

Então... o meu leitor sugere em seu comentário que: (a) dependo dos remédios, (b) falta-me coragem para viver sem eles, (c) eu vivo chapada por conta do tratamento. Sem falar da sugestão de que o mundo não teria mais Faulkners ou Hemingways se todos os talentos resolvessem viver “chapados” com medicamentos indicados para os mais variados tipos de transtornos da mente.

Pois esclareço, e perdoem-me os leitores pelo o que será um desabafo, que o comentário transcrito acima foi inadequado, típico das pessoas que desconhecem, infelizmente, o que é o TAB, a depressão crônica, a esquizofrenia, a síndrome do pânico, TOC – transtorno obsessivo compulsivo ou que enxergam uma certa beleza na afirmação de que "viver é sofrer", de Arthur Schopenhauer.

Eu busquei coragem para admitir que tinha um problema mental e precisava de ajuda médica. O segundo passo da via crucis em “busca da minha coragem” (isso poderia ser título de um filme melodramático, não?) foi não desistir de procurar um médico decente que me diagnosticasse de modo preciso e correto. Isto levou uns 4 anos, já que fui tratada por quatro (!) psiquiatras diferentes e todos erraram no diagnóstico. O terceiro passo foi aceitar a internação numa clínica psiquiátrica, monitorada 24 horas por uma acompanhante (eufemismo para enfermeira fiscal), sem falar nas sessões ECT no Hospital da Clínicas. O quarto passo foi encarar meu tratamento atual, mesmo com todos os efeitos colaterais. E continuo aqui. Matando um leão por dia, porque é FODA tomar clozapina, sentir-se cansada e gorda, fazer terapia, bancar tudo isso que custa tão caro, não ter a compreensão de vários amigos e familiares que acham que o transtorno bipolar inexiste, que o TAB não passa de mera frescura ou um capricho meu.

É FODA também sentir a solidão diária de quem precisa acordar forte todos os dias, porque uma crise pode me tirar o emprego. É FODA o desalento de perceber que só eu, e mais ninguém, realmente sabe o que é uma crise de depressão severa, quando a dor de um corte profundo não é nada comparada ao desespero de querer sair daquela crise, da desesperança e da vontade de pular do 10º andar.

Será isso tudo condição para escrever como Faulkners, Hemingways, sem falar de Virginia Woolf, Tolstoy, Graham Greene, Ana Cristina Cesar? Não, definitivamente não. Todos eles e gênios como Van Gogh e Mozart sofriam de TAB. Não é necessário sentir uma profunda angústia por estar vivo para escrever sobre as dores de viver. Não é absolutamente necessário viver escrava das minhas oscilações bruscas de humor ou da minha estranha produção de neurotransmissores, para ver beleza no que é incerto e querer, sempre, dias mais densos.

Prefiro escrever posts medíocres e não publicar um conto genial ou um romance digno de nota. Prefiro não perder minha identidade recém recuperada, prefiro tomar mais aulas de otimismo. Prefiro trabalhar no que eu gosto com a regularidade que o mercado exige. Prefiro sim, ser parte do establishment. Prefiro, mil vezes, amar as pessoas sem chocá-las com idas ao pronto socorro, com palavras mordazes e injustas típicas da fase maníaca.

Prefiro não morrer como Faulkner (morreu bêbado) ou Hemingway (cometeu suicídio).

Prefiro escrever tudo isso aqui, saudável, em casa, na companhia de minhas duas golden retrievers. Prefiro ter capacidade de cuidar de minhas duas golden retrievers e de todas as pessoas que realmente são importantes para mim.

Para quem enxerga “nobreza na embriaguez” e “perda de autonomia” com a medicação, eu continuo minha via crucis, aquela da coragem, para dizer “você não sabe nada, meu caro”. E nem por isso eu sinto rancor de você e de tantas outras pessoas que, ao ouvirem de minha boca "sou bipolar e não vivo sem medicação”, franzem a testa. Escrever bem é uma arte. Controlar o que é aparentemente incontrolável é uma luta constante que, ao final, vale muito a pena. Posso dizer que entre mortos e feridos, cá estou.

Gente esse texto não fui eu q escrevi eu tirei de um blog:
FONTE:Tudo vai ser diferente.

Não é minha opnião 100% mais achei super intgeressante o que ela escreveu!
"Posso não concordar com uma só palavra do que disseres, mas me baterei a vida toda pelo direito que tens de dizê-las."
Renata

Alma

E eu fico aqui tentando descobrir
A procura de respostas
Tento sem sucesso achar algo que me explique
Falar, pensar, eu só fico presa na minha imaginação
Estou farta de viver para dentro
Eu quero um dia diferente
Um sentimento diferente
Eu quero que a alegria tome conta da minha vida
E que momentos de oscilações seja exterminados dentro de mim
Não precisa ser respostas claras
Apenas um porque de tanta angustia
Feliz por fora
Destruída por dentro
Artista ou realidade?
Ainda não sei se o que eu escrevo é realmente o que sinto.

Flores e anjos

A vida passa
O tempo voa
As lembranças ficam
Talvez nem tenha sido um passado tão ruim
Mais ainda estou presa nele
Historias, desentendimentos, amores e felicidades
Dores que o tempo irá esconder em um lugar desconhecido

Prêmio Dardos


Com muito orgulho e satisfação recebo o Prêmio de Dardos, gostaria de agradecer a todos que me incentivam e sempre passa aqui no meu blog e deixam comentários.
Gostaria de citar dois Blogs que me inspiram e me ajuda nessa luta diária, são eles Cielo Tormentoso e Mente Hiperativa, esses moram no meu coração, receba minha admiração infinita por vocês!

Agora tenho que indicar 15 Blogs e ai vai:

Simples assim
Sanidade inSana
Me respire
A Bipolar
Mente hiperativa
Paciente Psiquiatrico
Cielo Tormentoso
Eu e Eu mesma
TESOUROS PECULIARES,MINHAS RELIQUIAS.
ESTAÇÕES
Significantes
Jéss
Mente inquieta
Um metro quadrado de arte
Nem 5 minutos guardados dentro de cada cigarro
Orientação
“Com o Prêmio Dardos se reconhece os valores que cada blogueiro mostra cada dia em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.”
O prêmio possui três regras:
1- Aceitar exibir a imagem.
2- Linkar o blog do qual recebeu o prêmio.
3- Escolher 15 blogs para entregar o Prêmio Dardos.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quem?

Se eu desistir
Quem irá me ajudar
Se eu cansar de viver
Quem irá me matar
Se por acaso eu não quiser sonhar
Quem vai me acordar
Caso eu queira ir embora
Quem vai me segurar
E se eu começar a lutar
Alguém vai me parabenizar?
E se eu resolver morrer em vida
Quem do inferno irá me salvar
Quem vai pedir a Deus para me guardar
Sozinha estou e assim pretendo ficar!

A arte e a loucura




A loucura é conseqüência da arte?
Ou a arte é fruto da loucura?
Queria entender porque as duas andam lado a lado
Pois qual seria o melhor estado para um artista?
A lucidez ou a loucura
Pensamentos insanos
Ou apenas pensamentos típicos de pessoas que se julgam normais
Será que para o artista ter uma mente perturbada é sinônimo de inspiração?
Questão complicada, e difícil de entender
Uma mente sóbria seria capaz de produzir um bom poema
Uma boa crônica?

Inventor


Eu sou um inventor
Invento tantas dores
Que no fim vou morrer de amor

Eu sou um inventor
Eu invento dias de chuva só pra usar minhas galochas
Que de tão velhas terei que jogar fora

Eu sou um inventor
Invento tanta coisa, que já nem sei onde estou
Sou apenas um sonhador!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Deus meu

Seguindo vou
Melhorando estou
O meu Deus tem me ajudado
A conter os meus demônios
A vida fica mais fácil assim
Ter Deus dentro de mim
Superando estou
A dor sem fim não terminou
Sinto vontade de me isolar
Amigos vêm pra me consolar
Alegria eu sei aproveitar
A tristeza não deixo me abalar
Pois o Senhor esta no meu coração
A fim de me guardar!

Ser bipolar não é ser Et

Ser bipolar não é ser Et
Sou igual a você
Não tenho duas personalidades
Pra isso ja deram outro nome
Chama-se Dupla personalidade
Posso ate ter duas opiniões
Hoje posso não gostar de você
Amanha pode ser diferente, eu posso passar a te odiar ainda mais
Ser bipolar não é ser Et
Tenho minhas vontades
E mudo conforme me convém
Tenho minhas prioridades
E não exito em reve-las e muda-las todos os dias
Eu danço conforme a musica
Isso não é um sintoma do transtorno
É uma caracteristica minha
Ser bipolar é ter oscilações frequentes de humor
Mais quem não tem?
Ser bipolar é acordar amando e dormir odiando
Mais quem nunca teve essa sensação?
Ser bipolar é ser neorotico
Nos dias de hoje quem é que não é?
Eu trabalho como você
Tenho todos os direitos e deveres como você

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sobre Gênios e Loucos

Munch, Van Gogh, Picasso - De muitos artistas sempre
se disse que não batiam lá muito bem da cabeça. Pois agora
aumentam as evidências científicas de que criatividade e
doença mental andam de fato muito próximas.



Muitas pessoas já me caracterizaram como louco", escreveu certa vez Edgar Allan Poe (1809-1849). "Resta saber se a loucura não representa, talvez, a forma mais elevada de inteligência." Nessa sua suspeita de que genialidade e loucura talvez estejam intimamente entrelaçadas, o escritor americano não estava sozinho. Muito antes, Platão mostrara acreditar em uma espécie de "loucura divina" como base fundamental de toda criatividade.

Uma lista interminável de artistas célebres, parte deles portadores de graves transtornos psíquicos, parece confirmar o ponto de vista do filósofo grego. Vincent van Gogh, Paul Gauguin, Lord Byron, Liev Tolstói, Serguei Rachmaninov, Piotr Ilitch Tchaikóvski, Robert Schumann - o célebre poder criativo de todos eles caminhava lado a lado com uma instabilidade psíquica claramente dotada de traços patológicos. Variações extremas de humor, manias, fixações, dependência de álcool ou drogas ainda hoje atormentam a vida de muitas mentes criativas.




SERÁ MERA COINCIDÊNCIA?



No início do século XX, a busca pelas raízes da genialidade era um dos temas mais palpitantes da investigação psicológica. Cientistas de ponta tinham poucas dúvidas de que certos males psíquicos davam asas à imaginação. "Quando um intelecto superior se une a um temperamento psicopático, criam-se as melhores condições para o surgimento daquele tipo de genialidade efetiva que entra para os livros de história", sentenciava o filósofo e psicólogo americano William James (1842-1910). Pessoas assim perseguiriam obsessivamente suas idéias e seus pensamentos - para seu próprio bem ou mal -, e isso as distinguiria de todas as outras.

Sigmund Freud também se interessou pelo assunto. Convicto de que encontraria "algumas verdades psicológicas universais", analisou vida e obra de artistas e escritores famosos, buscando pistas de transtornos mentais. Mas foi somente a partir dos anos 70 que Nancy Andreasen, psiquiatra da Universidade de Iowa, começou a investigar de forma sistemática a suposta ligação entre genialidade e loucura. Participaram de sua experiência 30 escritores cujo talento criativo havia sido posto à prova na renomada oficina de autores da universidade.

Andreasen examinou essas personalidades à procura de distúrbios psíquicos e comparou os dados obtidos aos daqueles grupos de um grupo de controle: 80% dos escritores relataram perturbações regulares do humor, ante 30% no grupo de controle. Quarenta e três por cento dos artistas satisfaziam os critérios para o diagnóstico de uma ou outra forma de patologia maníaco-depressiva, o que, no grupo de controle, só se verificou em uma a cada dez pessoas. Durante o estudo, dois escritores cometeram suicídio - dado que, segundo Andreasen, não seria estatisticamente significativo. A psiquiatra comprovou pela primeira vez e com métodos científicos que, por trás da suposta conexão entre criatividade elevada e psique enferma, haveria algo mais que o mero e surrado lugar-comum.

Em 1983, Kay Redfield Jamison conduziu um estudo em que obteve resultados claros e semelhantes. Psicóloga da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, ela contatou 47 pintores e poetas britânicos renomados. Seguindo os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), examinou a presença de transtornos de humor caracterizados por fases depressivas.

Segundo o Manual, esses transtornos são marcados por estados depressivos que duram de duas a quatro semanas e prejudicam sensivelmente o cotidiano dos pacientes, que não conseguem animar-se para nada, sofrem perturbações da concentração e do sono e têm pensamentos negativos beirando o desespero total. A presença desses sintomas aponta para o chamado transtorno depressivo maior. Mas, além desse, há também os transtornos bipolares, nos quais fases depressivas são alternadas com picos de euforia - os episódios maníacos. Nesse caso, os pacientes quase não dormem, estão sempre ocupados com alguma coisa, seus pensamentos saltam de um tema a outro e eles atribuem a suas idéias - e, em geral, também a si próprios - grandeza absoluta.

Tais males psíquicos, caracterizados como depressões maníacas, estão entre os transtornos de humor pelos quais Jamison procurava em seu estudo. Ela constatou que quase 40% dos artistas examinados haviam requerido ajuda médica alguma vez na vida - taxa 30 vezes mais alta que a verificada entre a média da população. A corporação dos escritores revelou ser a que sofria dos problemas psíquicos mais severos. Um a cada dois poetas já havia recorrido a tratamento psiquiátrico em virtude de depressão ou episódios maníacos.

Na década de 80, Hagop Aksikal entrevistou outros 20 artistas europeus, tendo por base os critérios do DSM. Dois terços deles sofriam de episódios depressivos recorrentes, muitas vezes combinados com os chamados estados hipomaníacos - forma menos pronunciada da mania. Como constatou esse psicólogo da Universidade da Califórnia, em San Diego, metade dos artistas tinha enfrentado depressão em algum momento da vida. Tendência semelhante, aliás, Aksikal já havia observado entre músicos de blues nos Estados Unidos.

Com base nessas pesquisas, Jamison concluiu que o grande número de artistas com diagnóstico de depressão ou de transtornos bipolares já não podia ser atribuído ao acaso. A pesquisadora admitia deficiências metodológicas também em seu próprio estudo - por exemplo, o número demasiadamente reduzido da amostra -, mas a conexão entre instabilidade psíquica e potencial criativo era evidente.

Ruth L. Richards e colegas da Harvard Medical School, em Boston, tentaram abordar a questão de outro ponto de vista. Em vez de saírem em busca de males psíquicos em artistas reconhecidos, inverteram a pergunta: portadores de enfermidades psíquicas seriam particularmente criativos? Eles examinaram a criatividade de 17 pacientes com depressão maníaca manifesta e de 16 ciclotímicos - a forma mais amena do transtorno bipolar -, com base na chamada Lifetime -Creativity Scale.

Nessa escala de criatividade influenciam não apenas os testes relacionados ao pensamento inovador e original, mas também o desempenho criativo nas esferas pessoal e profissional. Os pacientes saíram-se melhor que o grupo de pessoas utilizado para comparação, composto de indivíduos sem qualquer histórico psiquiátrico.

O tipo de transtorno desempenhou aí papel bastante decisivo. Os participantes ciclotímicos revelaram-se muito mais criativos. Além disso, ficaram atrás de seus familiares sem distúrbios psíquicos evidentes, também avaliados. A hipótese aventada pelos pesquisadores foi, portanto, a de que os parentes dos pacientes talvez tendessem à instabilidade psíquica, cuja manifestação neles se daria de forma tão amena que não lhes causaria problemas. "É possível que pessoas com tendência reduzida, talvez até imperceptível, à instabilidade bipolar sejam mais criativas", concluíram os pesquisadores.

Nesse meio tempo, o pensamento aguçado, de criatividade incomum, e a produtividade elevada passaram até mesmo a serem considerados indícios no diagnóstico de fases maníacas. Mas como uma enfermidade tão perturbadora e destrutiva pode incrementar nosso poder criativo? Afinal, normalmente reina o caos entre os maníaco-depressivos, tanto no aspecto profissional quanto no pessoal. Em meio a episódios maníacos, endividam-se, mergulham em relacionamentos duvidosos e aventuras sexuais sem medir as conseqüências. Agressões e até mesmo alucinações integram o quadro. Então, a esse apogeu temporário segue-se sempre o mergulho em depressão profunda.

O psicólogo americano Joy Paul Guilford (1897-1987) definiu criatividade como a capacidade de, diante de um problema, "encontrar respostas incomuns, de associação longínqua". Para chegar a uma idéia original, abandonam caminhos já trilhados e pensam de modo diferente. O intelecto, então, não se aferra à busca de uma única solução correta, mas move-se em diversas direções. Quanto mais fluentes e livres jorrarem os pensamentos, melhor.

São precisamente esses talentos que os portadores de transtornos bipolares exibem em abundância na fase maníaca. Seu cérebro trabalha à toda, despejando idéias nada convencionais. Essa imensa produção está longe de resultar apenas em coisas sensatas, mas pouco importa: a massa de idéias que brota da mente maníaca eleva a probabilidade de que haja entre elas alguns lampejos mentais "genuínos".

O psicólogo Eugen Bleuler, contemporâneo de Freud, via aí o elo procurado entre genialidade e doença mental. "Mesmo que apenas os casos amenos produzam algo de valor, o fato de neles as idéias fluírem com mais rapidez e, sobretudo, de as inibições desaparecerem estimula as capacidades artísticas."

Também para Jamison, o segredo está no pensamento rápido e flexível, bem como no dom de unir coisas que, à primeira vista, não possuem qualquer conexão entre si. O que Bleuler, no passado, só podia supor hoje é confirmado por estudos científicos. Assim, pacientes de hipomania mostram superioridade em testes de associação de palavras: num espaço de tempo delimitado e com uma palavra dada, são capazes de associar quantidade bem maior de conceitos que pessoas em perfeitas condições psíquicas. Dão menos respostas estatisticamente "normais" que as do grupo de controle, mas encontram soluções heterodoxas em número três vezes maior.

Hipomaníacos chamam a atenção também por seu modo de falar. Tendem a fazer uso de rimas e empregam com freqüência associações sonoras, tais como as aliterações. Além disso, seu vocabulário compreende em média três vezes mais neologismos que o de uma pessoa saudável. E mais: nos pacientes em fase maníaca, a rapidez do processo de pensamento traduz-se numa elevação do quociente de inteligência.

Maníaco-depressivos exibem também certas qualidades não cognitivas muito úteis aos artistas. Robert DeLong, psicólogo da Harvard Medical School, pediu a um grupo de crianças, todas com sinais precoces de transtorno bipolar, que fizesse desenhos sobre um tema.
Na comparação com o grupo de controle, não apenas seu nítido e transbordante poder de imaginação chamou atenção. DeLong ficou ainda mais impressionado com a extraordinária capacidade de concentração dessas crianças, que se dedicaram durante horas à tarefa, sem se deixar distrair por coisa alguma. Como resultado, seu brilhantismo revelou-se tanto no desempenho espantoso da memória quanto nos desenhos detalhados.

Energia fabulosa e concentração total caracterizam também as fases criadoras de muitos pintores, escultores, escritores e poetas. Muitos deles varam noites escrevendo ou passam horas sem fim no ateliê, sem dormir.




LIMIAR DA LOUCURA



Nancy Andreasen acrescenta outra explicação: "o sistema nervoso, afinadíssimo", simplesmente perceberia mais informações sensoriais, transformando-as em idéias criativas. Embora sem comprovação definitiva, a psicóloga supõe que a causa seja "um defeito nos processos cognitivos que filtram esses estímulos".

No final de 2003, Shelley Carson, da Universidade de Harvard, e Jordan Peterson, da Universidade de Toronto, descobriram que Andreasen estava certa. Eles recrutaram 25 estudantes que haviam se destacado por seu desempenho criativo extraordinário e, com auxílio de um teste, puderam determinar a chamada inibição latente em cada um deles - mecanismo cognitivo que exclui do fluxo contínuo de dados sensoriais aqueles que a experiência já demonstrou serem de pouca valia. Nos colegas não criativos, esse processo de filtragem inconsciente se revelou nitidamente mais pronunciado.

Em decorrência da menor inibição latente, pessoas criativas acolhem mais impressões de seu entorno. Mas há também o outro lado dessa moeda. "Quando uma pessoa tem 50 idéias diferentes, o provável é que só duas ou três sejam boas de fato", explica Peterson. "É necessário saber diferenciar essas idéias para não submergir em meio a tantas delas. Daí a importância da inteligência e da memória operacional para evitar que as mentes criativas se afoguem numa torrente de informações", conclui.

Será que os pacientes de transtorno bipolar ultrapassam o limiar da loucura por quase sufocar sob a massa enorme de idéias e pensamentos? Para Carson e Peterson, isso é precisamente o que sua experiência deixa claro: "Um grau reduzido de inibição latente associado a uma extraordinária flexibilidade de pensamento pode, sob certas circunstâncias, predispor o indivíduo às doenças mentais ou, sob outras circunstâncias, a façanhas criativas".

Nessa questão, Jamison - que também sofre de depressões maníacas - defende uma tese interessante. Ela acredita que o mergulho recorrente na depressão evita que portadores de transtorno bipolar se percam em pensamentos e idéias obscuras. Indivíduos depressivos - atormentados por dúvidas, insegurança e hesitação - teriam um juízo mais realista das coisas. Seu "mecanismo interno de edição", como Jamison o denomina, operaria com a correspondente sensibilidade, ou seja, verificaria a utilidade das idéias produzidas pela mente hiperativa e excluiria as cores berrantes do excesso. Sendo assim, todas as idéias que, na fase maníaca, se revelam grandiosas, seriam submetidas ao crivo de um extremo rigor crítico.

Já o pioneiro Guilford via o segredo- do pensamento criativo na capacidade de estabelecer um vínculo entre o racional e o irracional, o conhecido e o desconhecido, o convencional e o não convencional. Se, porém, a criatividade brota dessas oposições, espíritos criativos arriscam-se continuamente a ir longe demais com suas idéias e seus pensamentos, ultrapassando as fronteiras do inteligível.




ARTE COMO TERAPIA



Uma rápida visita aos livros de história nos mostra como é tênue a linha que separa a genialidade da loucura. Seja a visão heliocêntrica do mundo de Copérnico ou a teoria da evolução de Darwin, muitos lampejos geniais foram a princípio recriminados como produto de um cérebro doentio. Hoje, porém, ninguém mais duvida da saúde psíquica de tais personalidades.

Mas não são poucos os psicólogos que sustentam que portadores de doenças psíquicas com freqüência trabalham em áreas criativas apenas porque a atividade artística os ajuda a proteger a própria mente da destruição. "A literatura me pegou pela mão e me salvou da loucura", ponderava a poeta americana Anne Sexton (1928-1974), que, em virtude de uma grave psicose, vivia sendo internada em clínicas psiquiátricas.

Criatividade como saída para a crise? Residiria aí o famigerado vínculo entre poder de criação e sofrimento psíquico? O fato de tantos pacientes psiquiátricos se beneficiarem de terapias envolvendo a pintura, a dança ou a música parece confirmar essa hipótese. Contudo, dois fatos não devem ser esquecidos: a maioria dos doentes não demonstra possuir fantasia extraordinária nem criatividade especial; tampouco a maioria dos escritores, poetas, músicos, designers, escultores ou pintores reconhecidos revela-se portadora de algum distúrbio mental.

A imagem excessivamente utilizada e romantizada do gênio maluco desacredita em certa medida o trabalho, o caráter e o estado mental dos que lidam com arte. E o fato de muitos artistas com enfermidades psíquicas terem recusado tratamento, no passado, talvez tenha contribuído para essa visão distorcida. O pintor norueguês Edvard Munch (1862-1944), por exemplo, que era maníaco-depressivo, temia que uma terapia pudesse extinguir seu poder criativo. "Prefiro continuar sofrendo desses males, porque são parte de mim e de minha arte", declarou. Sem ajuda médica, porém, corre-se o risco de que depressões e transtornos bipolares se acentuem com o tempo. Munch teve sorte: estava relativamente bem nos últimos anos de vida. Uma declaração da escritora americana Sylvia Plath nos diz um pouco sobre o sofrimento de artistas vítimas de distúrbios psíquicos: "Quando se tem uma doença mental, ser um doente mental é tudo que se faz, o tempo todo [...] Quando eu era louca, isso era tudo que eu era". Em casa, na manhã de 11 de fevereiro de 1963, essa poeta de extremo talento, vítima de depressão grave, abriu a torneira do gás. Tinha 30 anos.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sou um ser bipolar

Sou um ser bipolar
Que no cair da noite só me resta chorar

Sou um ser bipolar
Que tem o coração gélido e não consegue amar

Sou um ser bipolar
Que tem um humor que insiste em mudar

Sou um ser bipolar
Que de tantos pesadelos não consegue mais sonhar

Sou um ser bipolar
Que cuja doença ainda há de me matar!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A casa dos mortos

Bubu é um poeta com doze internações em manicômios judiciários. Ele desafia o sentido dos hospitais-presídios, instituições híbridas que sentenciam a loucura à prisão perpétua. O poema A Casa dos Mortos foi escrito durante as filmagens do documentário e desvelou as mortes esquecidas dos manicômios judiciários. São três histórias em três atos de morte. Jaime, Antônio e Almerindo são homens anônimos, considerados perigosos para a vida social, cujo castigo será a tragédia do suicídio, o ciclo interminável de internações, ou a sobrevivência em prisão perpétua nas casas dos mortos. Bubu é o narrador de sua própria vida, mas também de seu destino de morte.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Manicômio




E eu ficava olhando para o nada
Imaginando se tudo aquilo ia ter fim
E o sol que entrava pela janela ardia meus olhos
E todos sentiam o mesmo
Dor e mais dor
Desilusão! Não tínhamos mais forças
Éramos sozinhos
E de repente tudo ficava engraçado
E então alguns de nos sorria
Escutava uma gargalhada
Porem parecia uma risada desesperada
Mais um dia se passou
E realmente não entendia o porque de estar ali
E pensei ate que talvez ali fosse o inferno
Olhava para o céu e pedia socorro para deus
Não via outra saída
Cada um naquele lugar tinha uma historia
Uma dor diferente
Que nos tornava todos iguais
LOUCOS!
Entre os corredores apenas gritos
Era escuro e gelado
Parecia que os meus ossos iam quebrar
Buscava refugio em um canto só meu
Queria gritar, chorar, só desejava que tudo aquilo passasse
Só sonhava em estar em outro lugar
Era confuso
Pessoas e mais pessoas
Era tudo igual todos os dias
Minha esperança se foi
Minha vontade de viver acabou
Não me resta mais nada
Apenas solidão e tristeza
É assim que vivemos
Carregados de sentimentos escuros, inexplicáveis
Dores e medos
Tentando ajudar uns aos outros
Já não havia sanidade
O pouco que tínhamos teria acabado
Ou talvez nunca existido!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quarto escuro


Eu era apenas um anjo expulso do céu
Um anjo solitário e com as asas pretas
Meus olhos podiam expressar toda a dor
Foi então que percebi que seria em vão chorar
Não podia ao menos ter em quem confiar
Precisava de alguém
Mas estava só
Então comecei a gritar para a multidão
Mas percebi que ninguém notava minha presença
Apenas me viam
Estou sozinho e desolado
Triste e desenganado
Com uma única certeza
Meus dias cinza se tornaram pretos
Eu já não tinha força para lutar
Quando vi que não tinha solução
Tranquei a porta do quarto e comecei a sonhar.

17/06/2010

Engraçado o rumo que nossa vida toma; demorei vinte e dois anos para perceber que o preconceito que eu tinha em relação a algumas coisas nunca me acrescentou nada, pelo ao contrario sempre me diminui como ser humano, como mulher e principalmente estava me prejudicando como artista, estava bloqueando minha criatividade, meu modo de ver a vida!
E hoje decidi parar de criticar e começar a entender mais as situações, diferenças, ainda mais para uma pessoa que sempre escreve sobre a igualdade e as injustiças, percebi que não estava sendo honesta o suficiente nos meus escritos e de certa forma enganando quem os lia.
A partir de hoje vou tentar (e vou conseguir) ser mais tolerante!
Afinal não se pode mudar o mundo com as mãos sujas...

domingo, 13 de junho de 2010

• Não desista •

Assim que eu penso que não posso aguentar mais
Que me decepcionei vezes demais
Um dos meus põe os braços em volta de mim
e diz que se eu
não desistir, então ficarei bem.
Algumas vezes na vida, eu fui tão bem que
Fiquei algum tempo no topo.
Também já estive em ruínas
desmoralizado e largado.
É assim que as coisas são,
Você nunca pode esperar mais,
Metade do tempo você está ganhando
E o resto você está no chão
Este mundo está tão cheio de beleza
quanto de ódio,
É assim que as coisas são
Algumas coisas nunca vão mudam
Concentre-se no positivo, e use a cabeça
Nunca desista, e ficará bem.
Alguns deles gostam de drogas,
e alguns deles gostam de brigar.
Negatividade inspirada em algum lugar
todas as noites.
Temos que dar o exemplo
para os fracos de mente.
Não pare de distruibuir sabedoria
até o final dos tempos.
Tantas pessoas com ódio,
tantas são desajustadas.
Você pode pagar um preço,
quando a vida se ajustar novamente,
é um fato concreto que você
recebe o que dá,
e você pode causar um impacto
no jeito com quem vive a sua vida.

(Nick Traina)

Obs: estou preparando um post muito interessante sobre a vida de Nick Traina, li o livro que sua mãe escreveu e achei sensacional, vai interessar a quem sofre de TBH...bjo e um otimo domingo a todos :)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

28/05/2010, apenas mais um sentimento.


Eu já não sei se eu sou a errada
Ja não consigo me diferenciar das pessoas más
Isso porque cansei de tentar entender o ser humano e suas atitudes
No fundo somos todos iguais
Uma parte de nós é boa a outra é extremamente ruim
Acho que nessa fase da minha vida
Que só me deparei com coisas negativas
O meu lado ruim predomina minhas ações e pensamentos
Mais como poderia ser diferente?
Sendo que as pessoas que eu mais amei, hoje as odeio
Não que esse sentimento seja bom pra mim
Mais o que posso fazer se eu vivo em um mundo de decepções
Onde as pessoas que mais confio sempre me decepcionam
E assim eu vou seguindo trocando sempre de amigos
Sempre magoando e sendo magoada
E no final talvez eu não devo colocar tanta expectativas nas pessoas
E nem elas em mim
Quanto mais eu conheço os seres humanos mais eu me fecho em mim!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Frio


Nesse frio externo e interno
Eu beberia uma garrafa de vodica
Talvez ao som de Nirvana
Compraria um maço de cigarro, daqueles que tem sabor
E sentaria em um lugar bem alto em que eu pudesse ver o movimento da cidade
Tiraria todo sentimento de magoa dentro do meu coração
Passaria o dia todo bebendo e fumando e amando as pessoas
Levaria meu caderno e escreveria muito
Cantaria muito
E seria muito feliz ali
Talvez levaria uma companhia
Mas me conheço bem
Acho que ficaria melhor sozinha
É esta frio e eu não posso nem beber e nem fumar
Muito menos amar
Só posso escrever e continuar a trabalhar...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sentimento atual...

Sinceramente a cada dia passo a dar menos valor às pessoas na qual eu sou obrigada a conviver, já não suporto ter que olhar para cara de algumas pessoas, tento ser natural mais o meu incomodo não consigo disfarçar!
Acho engraçado como as mesmas cobram certas atitudes minha, acho que ainda elas não aprenderam que mãos sujas não servem para limpar o mundo! Sim, estou completamente revoltada com comportamentos mesquinhos e vingativos, não vou deixar de ser verdadeira e transparente para me encaixar no mundinho pequeno, fudido e preto deles... Estou me referindo todos aqueles que me fazem criticas sem conteúdo, preciso de pessoas melhores que eu para me ensinar, não quero ser instruída por um ser que se julga simplesmente superior a mim, odeio, desprezo esse tipo de ser; se ao menos fossem justas, mais infelizmente não são, pensam só no bem estar próprio e fica dia e noite cogitando o mau, o sofrimento, apenas para se sentirem melhor, é esse o tipo de pessoa que convivo, tenho que suportar!
--
“Não há muita gente disposta a se sacrificar pelo que é certo, e muito menos gente que irá proteger e respeitar a humanidade de outros. Para esses, tirando comida e água não é necessário dignidade para sobreviver." Saito Hajime em Samurai X

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Solidão?

Eu vejo o mundo com olhos de quem já sofreu muito
Eu olho ao meu redor e só vejo pessoas falsas sem conteúdo
Penso que pessoas são traiçoeiras e não importo em dizer que temo em ser igual a elas
Pessoas são o que fazem
Pessoas são como nos a vemos
Pessoas estúpidas, sem credo sem amor
São doces ate que viremos às costas
Pessoas me trazem medo, pois são poluídas e manipuladores
Prefiro viver aqui sozinha, prefiro minha solidão individual
Do que ser sozinho entre mil pessoas

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Intenção boa.

Mesmo quando faça o certo, se tua intenção não for boa, estarás errando.
O móvel de tuas ações é que fornece noticias do seu interior.
A tua intenção for oculta, aquela que não transparece em tuas atitudes, é a tua identidade verdadeira.
Pergunta a ti mesmo o que queres com esta ou aquela providencia que estejas tomando em relação ás pessoas.
Quem cede para auferir algum tipo de vantagem não age despojado de interresse.
O bem em nossas vidas deve ser uma conseqüência natural de nossos gestos de solidariedade.
Existem aqueles que doam, pensando em reaver depois.
Na decisão infeliz, se a intenção tiver sido boa, a repercussão do equivoco será praticamente nula.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Loucos e Santos



Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde

Texto de Iris Miranda

Esse seu jeito de ser pensante, de ser errante...pensa que pensa, mas na verdade apenas sente...é através dos sentimentos que surgem as palavras, as idéias...e o mar de dúvidas... e por mais que teimemos em sermos seres racionais...o ser sentido, sentindo extrai de si o que há de mais puro e sujo em nós...o mais leve e pesado de nós...o que nos completa ou que deixa portas abertas e que faz abandonarmos de nós...não o que pensamos, mas o que sentimos, em nós...Iris Miranda

Criticas, eu e você

Fiquei pensando em mim, esse fim de semana!
E cheguei à conclusão que: eu não tenho que ter vergonha de mim
Sou diferente, porém sou dona das minhas idéias
Não a sociedade ou irmandade que mude meu jeito de ser
Diferente, nervosa, sincera e rancorosa
Prefiro ser eu realmente
Eles que deviam ter vergonha de ser o que são
Pra mim não passam de pessoas vazias e iguais
Pessoas sem criatividade, sem cérebro, inteligência ñ é falar corretamente
Inteligência é ter idéias, pensamentos, características próprias
Pessoas iguais, com os mesmos pensamentos pra mim nada vale
Eu gosto mesmo é da diversidade
Do preto e branco
Do sóbrio e o insano
Tenho medo de ser igual!

Daqui pra frente tudo vai ser diferente:


Vou começar a parar de pensar e começar a falar
Vou por a roupa que eu quero
Vou usar um tênis laranja
Vou colocar minha blusa da liquidação
Vou seguir minha intuição
Não vou ligar para coisas pequenas e nem para pessoas pequenas
Quando alguém me desprezar, irei ri a toa
Não preciso de ninguém puxando o meu saco
Quando alguém me perguntar o que eu tenho, vou dizer com todas as letras:
NÃO TE SUPORTO, E NEM CONSIGO OLHAR PARA SUA CARA DE IDIOTA
É isso mesmo! Cansada...
Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto do meu jeito
Tem pessoas que simplesmente me da náusea.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Dor

A dor que rasga a carne
Não é nada,
Comparada
À dor que roi a alma
Tristeza...
De lúgubre beleza.
Alivia?
Talvez, um dia,
Com sorte
Há de chegar a Morte...

Nunca recebi tantas flores,

Quando estava vivo
Para apreciar seu aroma...

(autor desconhecido)
OBS: ando sem inspiração

terça-feira, 23 de março de 2010

Virginia Woolf

Pensei o quanto desconfortável é ser trancado do lado de fora; e pensei o quanto é pior, talvez, ser trancado no lado de dentro.
Virginia Woolf

Desabafo :/

Cansei de me preocupar com todo mundo, de estar sempre presente quando fulano ou cliclano precisa e não ter ninguém aqui presente ao meu lado quando preciso. Sim, hoje eu preciso e olho para os lados e o que vejo? Nada! Olho para frente e o que vejo? Vejo essa tela do computador ao qual escrevo essas ásperas palavras nesse momento, porque esse sim tem sido um ótimo companheiro atualmente em minha vida, pois ele me escuta, ele me deixa falar freneticamente, mas o grande problema é que ele ainda não aprendeu como me responder, como me dar o colo que eu tanto preciso, porque se ele fizesse isso eu confesso que seria o companheiro perfeito. Ok!! eu tenho mesmo que me contentar com metades, não é mesmo? Pelo menos esse meu companheiro me escuta e me deixa falar tudo o que penso e o que sinto e hoje, como disse um amigo meu esse dias, eu digo que me bateu um vazio tão grande.

sexta-feira, 19 de março de 2010

A missão

Sigo meu caminho
Sigo sem olhar para traz
Olho ao meu redor
E fico melhor
Pois vejo que existem pessoas iguais a mim
Tentando se encontrar
Tentando ver algum sentido para estar aqui
Estar sem ter um propósito não adianta
Viver sem ter uma missão, não é vida
Quero algo mais, quero descobrir qual o meu papel aqui
Entre vários tipos de pessoas, sentimentos
Cores, realidades e sentimentos
Todos são diferentes, a única coisa incomum entre nós é a vontade de ser!
Queremos ser, queremos fazer a diferença, e quando eu descobri meu objetivo aqui serei mais feliz!
Serei mais doce amável quem sabe!
Saberei escrever versos de amor
Olhar pra noite e querer ver o dia nascer
Vou querer simplesmente viver!
No Egipto, as bibliotecas eram chamadas ''Tesouro dos remédios da alma''. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.

Jacques Bossuet

Artista ou realidade

E eu fico aqui tentando descobrir
A procura de respostas
Tento sem sucesso achar algo que me explique
Falar, pensar, eu só fico presa na minha imaginação
Estou farta de viver para dentro
Eu quero um dia diferente
Um sentimento diferente
Eu quero que a alegria tome conta da minha vida
E que momentos de oscilações seja exterminados dentro de mim
Não precisa ser respostas claras
Apenas um porque de tanta angustia
Feliz por fora
Destruída por dentro
Artista ou realidade?
Ainda não sei se o que eu escrevo é realmente o que sinto.

TBH*


Ela tem ciclos como à água
Ciclos de depressão, início de tempestade!
Ciclos de tranqüilidade, ambigüidades bipolares, explosões de felicidades!
Depois vem a adversidade
Ciclos como a água
Às vezes calma… leve…outras em ebulição
Quando sai a depressão,
Explode a felicidade!
Desenfreada, acalorada, extasiada!
Ciclos como a água
Calma… Nas nuvens…
Às vezes até generosa, querendo cultivar.
De repente…
Tempestuosa, ansiosa!
Se você a conheceu calma,
Como a chuva refrescante que o povo agradece em prece
Não se decepcione ao vê-la na adversidade!
Nem a abandone!
São extremos de bipolaridade.
Ora está tranqüila e doce como as águas do rio
Outras, como o mar bravio.
É o momento em que padece.
Pela alma sensível que tem
Sente que as pessoas se encantam ao vê-la feliz
E. logo se desencantam ao vê-la infeliz.
Assim ela vai experimentando
Felicidades em excesso, tristezas profundas,
Saudades avassaladoras e dúvidas cruéis
Sonhando em ser apenas centrada,
Relembrando o arco-íris
Sereno, calmo, equilibrado.
Em cores repousastes, lá longe… no horizonte.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Interessante


Ai foi que descobriram todo o meu interior
Todas as minhas alegrias e medos
Foi então que percebi que não sou mais um mistério
E pela primeira vez comecei a me sentir igual
Percebi que não sou o que transpareço ser
Sou um cristal fino, delicado e frágil
Seria talvez um livro sem fim
Escondida em minhas historias
Que uso uma ou outra, de acordo com o momento
Sou feliz assim
Eu amo e odeio
Eu simplesmente fico perdida em minha imaginação.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Falta-me um pouco de compreensão
Dos dizeres de sábios
Dos pensamentos de uma mente calma
Talvez seja essa a ligação da escrita
E da mente de um ser perturbado
De uma pessoa que chora dia e noite
Esse talvez seja o ponto crucial para um bom poema
Poesia sem melancolia não toca
Não se grava, não é relida
Poema tem que ter melodia
Historias feliz já não tem a menor graça
A linguagem de hoje é diferente da de ontem
Sabe por que eu não me dou o direito de sentir?
Porque se eu começar a chorar, talvez eu nunca pare!
Eu busco um sentido, eu procuro uma razão
Entre idas e vindas no meu mundo escuro
A única solução que vejo é sempre a mesma!

segunda-feira, 15 de março de 2010

...

Depois de certo tempo, você começa a perceber que seus esforços foram inúteis e que você continua na mesma!
Comecei a perceber que eu sozinho não posso lutar contra meus próprios demônios, preciso e necessito de ajuda, mais quem é que vai ficar a disposição quando meu coração clamar socorro?
Por mais caridoso que seja o amigo, uma hora ele vai ficar farta de tantas reclamações e lagrimas.
Ser assim é ser sozinho, e eu já não sei o quanto isso me prejudica.

Duas


Sempre fui meio diferente
É difícil ser uma pessoa intensa
Sou duas pessoas em um único corpo,
Isso é desgastante
É quase incontrolável, às vezes é insuportável
Uma palavra de cadencia em um momento tortuoso
Significa muito
Talvez vida
Dependendo; morte!
Palavras é o segredo
Versos o sentido
E poemas a realidade
Ser sozinho sem coração
Sem caridade sem compaixão
Pessoa sem razão, presa em sua imaginação.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Desolado caminho sem fim


Que esse sentimento de angustia que invade meu coração
Se sinta bem à vontade na hora de partir
Pois não vou empecê-lo de se desfazer sem ao meu dizer adeus
Quero caminha por um caminho com fim
E que ao chegar a sua reta final
Seja exatamente como eu penso que seja
Extremamente claro virtuosamente límpido
Onde eu possa sair e chegar sem medo
Quero sentir o vento nos meus cabelos molhados
E no meu rosto completamente enrijecido de tanta luta e tristeza
Quero sentir o cheiro das flores sem ter vontade de chorar
Não quero mais chorar nem de amor nem de dor
Eu quero ser livre para contemplar o que a estrada com fim me oferece
Talvez eu não agüente tanta felicidade,
Pois meu coração esta acostumado com a tristeza
Mais continuo com esperanças
Porque por mais que eu sofra no caminho,
Isso é um bom sinal
Sinal de que ainda estou viva.

Tirado do livro O desafio de amar.


O mundo diz para seguir o coração, mas se você não estiver governando o seu, então alguém ou alguma outra coisa estará. A bíblia diz que "enganoso é o coração, mais do que todas as coisas" (Jeremias 17:9), e ele sempre perseguirá aquilo que parece certo no momento.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Liberdade

Não me rendo aos moralistas de plantão
Que só sugerem perfeição
Penso que a beleza do ser humano não esta esculpida por fora e sim por dentro
Temos que pensar mais em nossas opiniões do que deixar de tê-las
Por mais que você seja apontado, xingado e ameaçado
Nunca deixe sua liberdade de expressão
Esse é seu único bem que não podem tirar
Fale o que quiser, sinta e não deixe a opressão intervir!
Seja simplesmente você e nada mais.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Janela fechada


É um sentimento normal para alguém que vive em um mundo onde a felicidade é coisa rara, pessoa que chora dia e noite, sem se perguntar o porquê daquela dor tão grande que invade o coração e vai se espalhando para todo o corpo e começa então a te deixar sem forças físicas, sem a capacidade de definir o certo e o errado.
É tudo tão preto, que ao ver a luz os meus olhos ardem, e logo eu deito e fecho-os, e assim meu corpo já não tem força para me manter em pé, e assim os dias se arrastam por meses e você fica aguardando um milagre que vem do céu, ai então você começa a questionar, porque eu sinto isso? E a partir daí fica ainda mais complicado de se conviver com as outras pessoas, pois você sabe que é apontado, é dada como sem força de vontade para sair daquela vida, mais o problema é mais alem do que simples vontade de se reerguer, de ir à luta, retomar sua vida, é difícil começar a viver depois de tanto sofrimento, é complicado ver o sol nascer depois de meses trancafiado em um quarto escuro.

Meus versos, minha vida!

Escrevo sim, mais não sou obrigada a agradar tudo e a todos.
Escrevo pra aliviar o que fica dentro de mim, com a esperança de aliviar algo de alguém!
Escrevo para me salvar, para me dar vida, para que eu possa me sentir quente e não gélida.
Escrevo, pois foi à única maneira que encontrei de me libertar, essa sim é a hora mais verdadeira de toda minha vida.
Pois o que escrevo é o que sou, é o que sinto é o que fui e o que serei, acima de tudo é o que me deixa fria e melancólica!
Escrevo para tentar me entender, para alguém me entender; mas não fico sentida se isso tudo for um talento grotesco, se a sociedade não me aceita, eu já não penso nessas coisas que um dia me fizeram sofrer, hoje sofro por mim, por ser quem eu sou não pela sociedade hipócrita que fala sem ao menos ser o que querem que eu seja!
Sou uma mulher com idéias de criança, e sou uma criança que odeia ter que ser mulher, sou um quase tudo; mais ao mesmo tempo não sou nada!
Posso ser fraca e posso ser fraca, forte? Talvez, eu sempre estarei em constante transformação.

Renata


Meu mundo pelo meu mundo
Minha vida vazia e escura
Meu desinteresse por mim e pelos outros
Meu intimo destruído por magoas guardadas
Infinito sentimento de culpa que corrói a alma

terça-feira, 9 de março de 2010

Simplismente Jéss ϟ



Menina da roça
Garota da internet
Menina que detesta o verde
Mais que adora o muro pixado da escola
Menina que cresceu com tranças
Mais agora pinta o cabelo de rosa
Pequena que odeia os pássaros cantar
Ela nasceu pra escutar o motor roncar
É sim ela tem cinco furos a mais
E alguns parafusos a menos
Garota do, pois bem, e das coisas como ela são
Ela quer ser fotografa ou sei La o que
Ela que tem a casa na roça
E a cabeça na cidade
Mente aberta
Mente insana, com brilhantes idéias
A do sorriso que alegra qualquer um
Ela é simplesmente doida
Ela vai ser uma garota toda estampada
A guria que manja falar em inglês
Ela tira foto com uma cartela de gardenal na mão
É todo mundo no buzão sente sua presença!
É isso ai essa é a Jessica minha parcera!!!!

Minha favorita!

A verdade sobre.

Não quero lhe contar o quanto que sofri
Pelo menos não de uma vez
Quero lhe contar aos poucos

Quero ser o que você pensa o que você vê
não o que eu fui ou o que eu sofri
quero que você não fique magoado mais eu já fui de outro alguém

Não quero que você pense nisso meu bem
quero que você leve na lembrança o meu amor de hoje e não o de ontem
Eu quero ser essa que você imagina não a que eu fui de verdade

Eu desejo o seu mundo e sei que você deseja o meu
É melhor fazer do que pensar
É melhor sentir do que sonhar
É indispensável arriscar

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulher...




Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...

Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...

Para você, Mulher tão especial...

Feliz Dia Internacional da Mulher!

Sem rumo


VOU,
SEM RUMO, SEM BAGAGEM.
CORRO NO MUNDO,
QUE NESTE MUNDO
SÓ ESTOU DE PASSAGEM.
VOU,
NÃO PERCO MINHA VIAGEM.
O TEMPO CORRE
Á MEDIDA QUE EU PARO DE CORRER...
À MEDIDA QUE PARO DE CONTAR!
MAS VOLTO... MAIS FELIZ, E OUTRO ALGUÉM.
COM DEDICATÓRIAS E
HISTORIAS ACUMULADAS.
COM A MATURIDADE DE UM ADULTO,
E A LEVEZA DE CRIANÇA!