quarta-feira, 17 de novembro de 2010

apenas Escrevo


Entrego-me ao maximo
Simplesmente extravaso
E assim escrevo
E de alguma forma eu alivio a minha dor
Mais perto da cura estou
Em busca de paz permanente
Sigo olhando para frente
Nos delírios da loucura
Vou compondo minha triste historia

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Minha mente não fica quieta jamais
Eu não acredito em estabilidade
Nem conheço o que é felicidade
Dentro de mim existe um caos
Dor e abismo fazem parte da minha realidade
Tentando enfrentar meus próprios demônios
Fico andando sem rumo pelos vales mais sombrios
Essa minha ânsia de descobrir os mistérios da minha mente
Ainda vai me levar de repente!

sábado, 6 de novembro de 2010

Vôos da mente


Há um tipo de dor, exultação, solidão e pavor envolvidos nessa classe de loucura. Quando se esta para cima é fantástico. As idéias e sentimentos são velozes e freqüentes como estrelas cadentes, e brilhantes. A timidez some; nas palavras e os gestos certos de repente aparecem; o poder de cativar os outros, uma certeza palpável. Descobrem- se interesses em pessoas desinteressantes. A sensualidade é difusa; e o desejo de seduzir e ser seduzida, irresistível. Impressões de desenvoltura, energia, poder, bem estar, onipotência financeira e euforia estão impregnadas na nossa medula. As idéias velozes são velozes demais; e surgem em quantidades excessivas. Uma confusão arrasadora toma o lugar da clareza. A memória desaparece. O humor e enlevo no rosto dos amigos são substituídos pelo medo e preocupação. Tudo que antes corria bem agora só contraria- você fica irritadiça, zangada, assustada, incontrolável e totalmente emaranhada na caverna mais sinistra da mente. Você nunca soube que essas cavernas existiam. E isso nunca termina, pois a loucura esculpe sua própria realidade.
A historia continua sem parar, e finalmente só restam às lembranças que os outros têm dos seus comportamentos absurdos, frenéticos, desnorteados- pois a mania tem pelo menos o lado positivo de obliterar parcialmente a\s recordações. E então, depois dos medicamentos, do psiquiatra, do desespero, depressão e overdose? Todos aqueles sentimentos incríveis para desembaralhar. Quem esta sendo educado demais para dizer o quê? Quem sabe o que? O que foi que eu fiz? Por quê? E o que mais atormenta, quando vai acontecer de novo? Temos também os lembretes amargos- remédios para tomar, para se ressentir, esquecer, mas sempre tomar. Cartões de credito cancelados, cheques sem fundo a serem cobertas, explicações devidas no trabalho, desculpas a serem pedidas, lembranças intermitentes (o que eu fiz?), amizades cortadas ou esvaziadas, um casamento terminado. E sempre, quando isso vai acontecer de novo? Quais dos meus sentimentos são reais? Qual dos meus eus sou eu? O selvagem, impulsivo, caótico, vigoroso e amalucado? Ou o tímido, retraído, desesperado, suicida, cansado e fadado ao insucesso? Provavelmente um pouco de cada lado. De preferência, que grande parte pertença a nenhum dos dois lados. Virginia Woolf, nos seus vôos mergulhos resumiu bem essa historia: “ ate que ponto nossos sentimentos extraem sua cor do mergulho no mundo subterrâneo? Quer dizer, qual é a realidade de qualquer sentimento?”




Extraído do Livro Uma mente inquieta de Kay Redfield Jamison
Pg 79, 80

Link para baixar o livro

Redi

Eu já não vivo
Mais sem você seria impossível ficar aqui
Você me traz um pouco de luz quando isso parece impossível
Consegue sentir minhas dores e angustias
Sabe exatamente como me alegrar

Eu já não vivo
Mais sem você seria impossível ficar aqui
E acordar e ter que recomeçar isso me entristece
Mais La esta você pronto pra levantar meu astral
E fazer do meu dia suportável

Sem você ao meu lado eu já teria desistido e ido embora...