quarta-feira, 10 de março de 2010

Janela fechada


É um sentimento normal para alguém que vive em um mundo onde a felicidade é coisa rara, pessoa que chora dia e noite, sem se perguntar o porquê daquela dor tão grande que invade o coração e vai se espalhando para todo o corpo e começa então a te deixar sem forças físicas, sem a capacidade de definir o certo e o errado.
É tudo tão preto, que ao ver a luz os meus olhos ardem, e logo eu deito e fecho-os, e assim meu corpo já não tem força para me manter em pé, e assim os dias se arrastam por meses e você fica aguardando um milagre que vem do céu, ai então você começa a questionar, porque eu sinto isso? E a partir daí fica ainda mais complicado de se conviver com as outras pessoas, pois você sabe que é apontado, é dada como sem força de vontade para sair daquela vida, mais o problema é mais alem do que simples vontade de se reerguer, de ir à luta, retomar sua vida, é difícil começar a viver depois de tanto sofrimento, é complicado ver o sol nascer depois de meses trancafiado em um quarto escuro.

Meus versos, minha vida!

Escrevo sim, mais não sou obrigada a agradar tudo e a todos.
Escrevo pra aliviar o que fica dentro de mim, com a esperança de aliviar algo de alguém!
Escrevo para me salvar, para me dar vida, para que eu possa me sentir quente e não gélida.
Escrevo, pois foi à única maneira que encontrei de me libertar, essa sim é a hora mais verdadeira de toda minha vida.
Pois o que escrevo é o que sou, é o que sinto é o que fui e o que serei, acima de tudo é o que me deixa fria e melancólica!
Escrevo para tentar me entender, para alguém me entender; mas não fico sentida se isso tudo for um talento grotesco, se a sociedade não me aceita, eu já não penso nessas coisas que um dia me fizeram sofrer, hoje sofro por mim, por ser quem eu sou não pela sociedade hipócrita que fala sem ao menos ser o que querem que eu seja!
Sou uma mulher com idéias de criança, e sou uma criança que odeia ter que ser mulher, sou um quase tudo; mais ao mesmo tempo não sou nada!
Posso ser fraca e posso ser fraca, forte? Talvez, eu sempre estarei em constante transformação.

Renata


Meu mundo pelo meu mundo
Minha vida vazia e escura
Meu desinteresse por mim e pelos outros
Meu intimo destruído por magoas guardadas
Infinito sentimento de culpa que corrói a alma