quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quarto escuro


Eu era apenas um anjo expulso do céu
Um anjo solitário e com as asas pretas
Meus olhos podiam expressar toda a dor
Foi então que percebi que seria em vão chorar
Não podia ao menos ter em quem confiar
Precisava de alguém
Mas estava só
Então comecei a gritar para a multidão
Mas percebi que ninguém notava minha presença
Apenas me viam
Estou sozinho e desolado
Triste e desenganado
Com uma única certeza
Meus dias cinza se tornaram pretos
Eu já não tinha força para lutar
Quando vi que não tinha solução
Tranquei a porta do quarto e comecei a sonhar.

17/06/2010

Engraçado o rumo que nossa vida toma; demorei vinte e dois anos para perceber que o preconceito que eu tinha em relação a algumas coisas nunca me acrescentou nada, pelo ao contrario sempre me diminui como ser humano, como mulher e principalmente estava me prejudicando como artista, estava bloqueando minha criatividade, meu modo de ver a vida!
E hoje decidi parar de criticar e começar a entender mais as situações, diferenças, ainda mais para uma pessoa que sempre escreve sobre a igualdade e as injustiças, percebi que não estava sendo honesta o suficiente nos meus escritos e de certa forma enganando quem os lia.
A partir de hoje vou tentar (e vou conseguir) ser mais tolerante!
Afinal não se pode mudar o mundo com as mãos sujas...